So how can anybody say, They know how I feel

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Mais de dois anos após exactamente na mesma sala ter assistido a este filme não esperava que exactamente no mesmo sitio ainda levasse uma “pancada” ainda maior no estômago como a que “Deus Branco” me proporcionou. Confesso que pela primeira vez na vida me apeteceu abandonar uma sala de cinema a meio do filme. O que me manteve foi o simples facto de saber que a história acaba bem (lido em sinopses) porque senão vos garanto que ao fim de 36 anos de vida estava disposto em abandonar o escuro de uma sala de cinema para fugir em busca de ar fresco que me acalmasse. Estavam 11 pessoas na sala do Monumental. Pelo menos 3 abandonaram.

 

Este “Deus Branco” é para quem gosta de animais (especialmente de cães como é o meu caso) um filme muito difícil de digerir na sua primeira hora. A história é simples. Numa espécie de metáfora (que pode servir para velhos, imigrantes, judeus, minorias etc etc) um cão (o Hagen) é abandonado pelo pai da sua dona (Lili) por não ter capacidade financeira para conseguir pagar uma licença especial obrigatória na Hungria para todos os cães que não sejam de raça pura (lá está…a metáfora). Hagen é abandonado e sofre todo o tipo de maus tratos que podem infligir a um cão. Se quase que vacilei ao ver o cão a perseguir o carro quando o abandonam, nem vou falar do restante.

 

Felizmente a história dá uma reviravolta (com mais umas metáforas) e termina bem.

 

Se cinematograficamente a história parece-me demasiado básica é na possibilidade de metáforas e na forma como filmam o universo dos cães de rua que obtém a sua mais valia e que certamente lhe tem merecido as distinções e as boas críticas.

 

Se estiverem dispostos a sofrer numa sala de cinema (isto se a questão dos animais vos é querida) vale a pena (mas à semelhança de “Amour” não o voltarei a ver). Se não estiverem para isso poupem o vosso dinheiro e vejam outra coisa qualquer…

publicado por Ricardo às 09:24 | link do post
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publicado por Ricardo às 15:21 | link do post

 

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publicado por Ricardo às 17:54 | link do post
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 Não sou especialista em crítica gastronómica, não aspiro a ser e quando busco um conselho geralmente contacto um amigo aqui ao lado, ele sim um verdadeiro guru… Ou então faço como os comuns mortais que não têm o contacto pessoal deste meu amigo e simplesmente uso o que Deus nos deu… o Google.

 

Mas há momentos pelos quais passamos na nossa vida que são memoráveis e a minha visita ao “Bella Ciao” no passado fim de semana é um destes momentos. Numa pequena artéria de Lisboa, perto e ao mesmo tempo longe do bulício do Chiado (e pensem que já há muita gente à procura dos presentes de Natal…) finalmente visitei este espaço do qual já tinha ouvido boas referências e nunca tinha tido oportunidade de visitar.

 

Ultrapassei a porta de entrada e se não tivesse sido recebido por um simpático empregado de mesa genuinamente português diria que estava em Roma… ou Torino….ou Milano…ou Firenze… ou… Bem… acho que entendem a ideia…

 

Nas paredes os jornais italianos, as mesas, as cadeiras, os candeeiros, o menu, os posters, as pinturas nas paredes, tudo nos remete para um pequeno restaurante italiano numa qualquer pequena artéria fora das zonas turísticas de uma cidade italiana. É como se pelos simples entrar de uma porta visitássemos outro país. Na cozinha falava-se italiano. Em algumas mesas também. E na televisão…era a RAI.

 

Andam à procura de pizzas? De Lasagnas? De Canellonis? Esqueçam… Não encontrei nada disso… Pratos simples de pasta (no caso específico o Sedani con Ricotta e Salsiccia & Gnocchi Alla Sorrentina), bem confeccionados, com pasta al dente e muito bem servidos. Preços abaixo dos 10€ e um espaço onde num sábado ao almoço se pode conversar com a pessoa que nos acompanha sem ter de gritar…

 

Um luxo ao qual só faltou uma coisa… Não havia San Pellegrino…


Mais infos aqui

publicado por Ricardo às 11:22 | link do post

Faz amanhã uma semana que tive o prazer de assistir na companhia de alguns dos meus melhores amigos e amigas (isto dos grandes momentos ainda faz mais sentido partilhados com amigos) ao documentário itinerante acerca da vida e carreira de António Sérgio, intitulado “O UIVO”.

 

Zona industrial do Barreiro, uma sala de cinema improvisada, gente de todas as idades e estilos, bastante composta. Parecia um cinema clandestino do antigamente. Impecável. Cenário perfeito para uma “imensa minoria” como era intitulado nos tempos da XFM.

 

O projecto foi elaborado pelo jovem realizador Eduardo Morais (autor já de outros projectos do âmbito musical) e com base num esquema de crowd funding conseguiu elaborar um excelente trabalho (com uns pequenos problemas no som – reconhecidos pelo autor) que consegue perfeitamente transferir para 1h30 o legado de um dos maiores radialistas portugueses.  Nesse ponto está cinto estrelas.

 

No entanto o que me atraiu mais no documentário e na história de vida de António Sérgio foi uma capacidade bastante desvalorizada nos dias que correm, mesmo com o evoluir de uma sociedade portuguesa pós 25 de Abril e a abertura ao mundo (com as suas vantagens e problemas inerentes), de conseguir pensar “fora da caixa”.

 

O que o documentário realmente nos transmite (além de uma indubitável qualidade musical bastante ecléctica) e uma pequena lição de história é que em todos os períodos da nossa história e vivência nos vamos cruzando com personalidades quase anónimas que escolhem não alinhar em “rebanho” e conseguem sair da zona de conforto e explorar o que está mais além E quando essas personalidades o decidem partilhar com o mundo (qualquer que seja o seu tamanho) ainda mais há a louvar.  Inevitavelmente chegará sempre o momento em que os “pastores” do “rebanho” conseguem exercer a sua influência e condenar a personalidade a um exílio quase forçado.

 

Foi basicamente isso que se passou com António Sérgio. 

 

Felizmente, e pelo que vi in loco no documentário e na assistência, muita gente reconheceu o trabalho desta personalidade dos nossos tempos. E mesmo eu, que me recordo pouco do seu grande momento com o “Som da Frente” e me recordo melhor do “Lança Chamas” ou da “Hora do Lobo” agradeço a quem me convidou a assistir a esta 1h30 de histórias, testemunhos, música e cultura.

 

Mais uma lição.

 

Foi um prazer.

 

PS: Mais infos podem consultar aqui.

 

 

 

publicado por Ricardo às 15:52 | link do post

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Em principio não seria  fácil eleger este filme como o melhor realizado pelo londrino Christopher Nolan. Tentem suster a respiração: os últimos três Batman’s (os melhores de todos),” Inception”, “The Prestige” e para os mais “velhinhos”: “Insomnia” e “Memento”.

 

Difícil não?

 

Este “Interstellar” é porventura a obra-prima de Nolan. Não são apenas as qualidades de realização, não são apenas os  pequenos detalhes, não é apenas a banda sonora, não é apenas a (mais uma) brilhante interpretação do  Matthew McConaughey ou da Jessica Chastain (secundados pela Anne Hathaway e pela pequena Mackenzie Foy), ou pela introdução de mais um robot (TARS) ao rol de personagens mítico-robóticas da ficção científica. É tudo isso e a capacidade de fazer um filme que apesar dos momentos de silêncio, de quietude, de “pausa” não pára de ser emocionante e nos consegue agarrar à cadeira do cinema e manter bem acordados durante as quase as 3h de filme numa noite após um cansativo dia de trabalho. Quase se consegue esquecer a pequena deriva quase no final que apesar de não ser sequer um “twist” (porque o final é esperado e preparado durante todo o filme) parece um pouco enxertada na forma de filmar e como o filme é conduzido.

 

Talvez seja esse o único ponto em que consigo perceber que exista alguma crítica.

 

“Interstellar” não é apenas um sério candidato a Oscar… é um filme brilhante cujo  o único problema que oferece é a dificuldade que Nolan terá em superar-se.

publicado por Ricardo às 10:17 | link do post
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