Declaração de intenções: Eu (como muitos) considero o Gary Oldman como o melhor actor de sempre a nunca receber um Oscar.
Conheço o livro do Le Carré há vários anos. Lembro-me de o ter na mão lá em casa quando era pequeno. E lembro-me sempre de um grande amigo falar-me sempre do Smiley.
A curiosidade já estava desperta e depois de ver o elenco deste filme (John Hurt, Mark Strong, Gary Oldman, Ciarán Hinds, Colin Firth…) era quase impossível sair desiludido. E assim foi. É óbvio que o Smiley não é um “James Bond”. E o filme não tem perseguições automóveis a alta velocidade, cenas brutais de tiroteio nem esperem mulheres de leste extremamente sedutoras (bem…ok… há pouco disto…) . Esperem um filme electrizante pela intriga. É incrível como nos prende à cadeira. Como nos obriga a procurar todo e qualquer pormenor para tentar desvendar o mistério.
Um enredo simples. Um agente duplo está infiltrado nos serviços secretos britânicos em plena Guerra Fria. Smiley, um agente de topo que está reformado, aparece como a solução para descobrir quem é a “toupeira”. Está afastado do Sistema mas conhece-o como ninguém.
E é aqui que temos Gary Oldman. Perfeito no papel. Um Smiley que não deve (espero) desiludir os fans de Le Carré. Calculista. Frio. Humano. Uma interpretação que será criminoso não ser nomeada para Oscar. Pode não ser desta vez que o Gary Oldman o vence, mas tem tudo para o fazer…
Classificação Zuropa: 5 Estrelas