So how can anybody say, They know how I feel

 

 

Na saída da sala de cinema estava um placard com vários artigos de revistas relativamente aos filmes que agora surgem por cá e são candidatos a Oscar. Acerca deste "Amour" estava um artigo cujo headline dizia algo muito semelhante a "Se está preparado para a vida...está preparado para este filme".

 

Não sei se por ter vivido ainda há não muito tempo uma situação com algumas semelhanças ou se é pela crueza e brutalidade do filme, mas este "Amour" é um filme que não desejo voltar a ver... E isto nada tem a ver com a qualidade do mesmo... tem pelo simples facto que a emoção que nos transmite da primeira vez que o vemos é simplesmente irrepetível... e isso merece ser preservado.

 

"Amour" é a prova que é necessário bastantes poucos recursos para realizar um excelente filme, "bastando" a qualidade dos recursos humanos. Temos um filme todo passado no mesmo espaço (com a excepção da cena inicial) e não mais de 15 actores (sendo que grande parte deles não devem ter mais que 5 minutos de filme...inclusive a "nossa" Rita Blanco...e interpretar uma porteira portuguesa num prédio parisiense...que limpa o chão de Paez...). Acaba também por aí por ser uma pequena metáfora do que é realmente importante num qualquer empreendimento.

 

A história do filme é bastante simples. Um casal de idosos vive uma vida normal de reformados no seu apartamento em Paris, até que a mulher tem um problema de saúde que lhe paralisa parte do corpo e a atira para uma vida de total dependência dos cuidados que lhe são prestados pelo seu marido...até ao fim dos seus dias.

 

Tudo o que possamos assistir (ou quase) numa situação destas na vida real está espelhado neste filme muito bem realizado por Michael Haneke (realizador do premiado "Laço Branco") e interpretado superiormente por Jean-Louis Trintignant e Emmanuelle Riva (séria candidata ao Oscar como melhor atriz).

 

Não me recordo de ter abandonado uma sala de cinema sob um silêncio tão ensurdecedor como no final deste filme...e isso diz tudo acerca da força da mensagem que transmite.

publicado por Ricardo às 00:41 | link do post
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