So how can anybody say, They know how I feel

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Mais de dois anos após exactamente na mesma sala ter assistido a este filme não esperava que exactamente no mesmo sitio ainda levasse uma “pancada” ainda maior no estômago como a que “Deus Branco” me proporcionou. Confesso que pela primeira vez na vida me apeteceu abandonar uma sala de cinema a meio do filme. O que me manteve foi o simples facto de saber que a história acaba bem (lido em sinopses) porque senão vos garanto que ao fim de 36 anos de vida estava disposto em abandonar o escuro de uma sala de cinema para fugir em busca de ar fresco que me acalmasse. Estavam 11 pessoas na sala do Monumental. Pelo menos 3 abandonaram.

 

Este “Deus Branco” é para quem gosta de animais (especialmente de cães como é o meu caso) um filme muito difícil de digerir na sua primeira hora. A história é simples. Numa espécie de metáfora (que pode servir para velhos, imigrantes, judeus, minorias etc etc) um cão (o Hagen) é abandonado pelo pai da sua dona (Lili) por não ter capacidade financeira para conseguir pagar uma licença especial obrigatória na Hungria para todos os cães que não sejam de raça pura (lá está…a metáfora). Hagen é abandonado e sofre todo o tipo de maus tratos que podem infligir a um cão. Se quase que vacilei ao ver o cão a perseguir o carro quando o abandonam, nem vou falar do restante.

 

Felizmente a história dá uma reviravolta (com mais umas metáforas) e termina bem.

 

Se cinematograficamente a história parece-me demasiado básica é na possibilidade de metáforas e na forma como filmam o universo dos cães de rua que obtém a sua mais valia e que certamente lhe tem merecido as distinções e as boas críticas.

 

Se estiverem dispostos a sofrer numa sala de cinema (isto se a questão dos animais vos é querida) vale a pena (mas à semelhança de “Amour” não o voltarei a ver). Se não estiverem para isso poupem o vosso dinheiro e vejam outra coisa qualquer…

publicado por Ricardo às 09:24 | link do post
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Em principio não seria  fácil eleger este filme como o melhor realizado pelo londrino Christopher Nolan. Tentem suster a respiração: os últimos três Batman’s (os melhores de todos),” Inception”, “The Prestige” e para os mais “velhinhos”: “Insomnia” e “Memento”.

 

Difícil não?

 

Este “Interstellar” é porventura a obra-prima de Nolan. Não são apenas as qualidades de realização, não são apenas os  pequenos detalhes, não é apenas a banda sonora, não é apenas a (mais uma) brilhante interpretação do  Matthew McConaughey ou da Jessica Chastain (secundados pela Anne Hathaway e pela pequena Mackenzie Foy), ou pela introdução de mais um robot (TARS) ao rol de personagens mítico-robóticas da ficção científica. É tudo isso e a capacidade de fazer um filme que apesar dos momentos de silêncio, de quietude, de “pausa” não pára de ser emocionante e nos consegue agarrar à cadeira do cinema e manter bem acordados durante as quase as 3h de filme numa noite após um cansativo dia de trabalho. Quase se consegue esquecer a pequena deriva quase no final que apesar de não ser sequer um “twist” (porque o final é esperado e preparado durante todo o filme) parece um pouco enxertada na forma de filmar e como o filme é conduzido.

 

Talvez seja esse o único ponto em que consigo perceber que exista alguma crítica.

 

“Interstellar” não é apenas um sério candidato a Oscar… é um filme brilhante cujo  o único problema que oferece é a dificuldade que Nolan terá em superar-se.

publicado por Ricardo às 10:17 | link do post
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A fazer um desporto habitual lá por casa  (o search entre o Fox Movies HD e o Hollywood HD) tropecei neste filme com o Clive Owen (quem acho que daria um excelente James Bond) de 2009 com uma historia simples mas que nos agarra do ínicio ao fim (e acreditem… um dia de semana começar a ver um filme às 23h20 após uma derrota do Benfica é um forte teste à minha capacidade de concentração e assimilação – vulgo evitar do sono).

 

O Clive Owen é um jornalista britânico que habita na Austrália com a sua segunda mulher e o filho de ambos. Em Inglaterra mora a sua ex-mulher e … o filho de ambos (uns anos mais velho claro). A actual companheira morre de cancro e tem de assumir a educação da criança (com o apoio dos avós maternos e de amigos). Tarefa já de si complicada e que se torna um pouco mais difícil com a repentina chegada do filho mais velho à Austrália para passar férias com o pai e o seu meio irmão.

 

Confusos? É porque não viram a casa onde eles habitam…

 

De qualquer forma o filme desenvolve ao redor da relação do pai com os filhos e com a família da falecida esposa, as dificuldades no trabalho e … bem… e é quase só isso.

 

Acreditem que vale a pena ver. A história é engraçada, bem filmada , com diálogos interessantes e reais. Tem paisagens de sonho e tem momentos de humor.  E tem um desempenho à Clive Owen… Para o bem e para o mal.

 

 Faltou-me um pormenor importante… é baseado numa história verídica.

publicado por Ricardo às 15:39 | link do post
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O meu principal lamento ao ver este filme é não o ter conseguido fazer em 2013, pois assim era fácil considerar que tinha sido dos melhores desse ano. Ao ver “A Vida Secreta de Walter Mitty” no primeiro dia de 2014 fico sempre restringido a visualizações futuras, mas de facto é um grande filme e mais uma brilhante prestação do Ben Stiller num registo um pouco fora da comédia (à semelhança de Greenberg ,outro filme que gostei bastante).

 

A história é simples. Um empregado da revista “Life” com uma vida o mais banal possível que de vez em quando viaja cerebralmente para lugares e situações completamente diferentes da realidade. Chega o dia em que a sua vida terá realmente de mudar e um problema no seu trabalho empurra-o para uma demanda através do mundo para salvar o seu emprego e o dos seus colegas.

 

Banda sonora, imagem, diálogos…Este filme tem tudo isso em qualidade. E tem desempenhos excelentes do já referido Bem Stiller, da Kristen Wiig e claro…de Sean Penn. Não percam

publicado por Ricardo às 10:11 | link do post
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Há filmes que são bons mas quando acabamos de os ver fica sempre aquela sensação de que podiam ser melhores.

 

Este é um deles. Os 3 actores principais são excelentes (Al Pacino, Christopher Walken e Alan Arkin), os diálogos são engraçados, a história é fácil e como bónus tem a Addison Timlin (a inesquecível Sasha Bingham da Season 4 do Californication).

 

O que faltou? Talvez um Tarantino ou em alternativa (mas aí tinham de ser outros actores com outro sotaque…) um Guy Ritchie a realizar e nesse caso acredito que este divertido “Gangsters da Velha Guarda” iria dar o passo em frente… A matéria prima está toda lá…

 

Ficou-se pelo bom filme que relata a história de 3 amigos nas 24h que se seguem à libertação de um deles (Al Pacino) da prisão onde esteve nas últimas décadas.

 

É um filme de gangsters mas também acerca da amizade e da decadência física e mental que nos atinge com a idade. Vejam e divirtam-se

 

"It's time to kick ass and chew bubblegum, and I'm all out of gum."

publicado por Ricardo às 16:02 | link do post
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No fim-de-semana vi o trailer deste filme, na quarta-feira sou contactado por uma colega para me oferecer os convites para a ante-estreia e nesse dia à noite entrei pela primeira vez num decrépito Alvaláxia para ver um dos filmes mais tocantes que vi na minha vida...

 

Este "Rugas" resulta de uma adaptação quase literal (dizem os críticos) de uma BD de Paco Roca e conta a história de dois idosos remetidos para um Lar no final das suas vidas: Emílio e Miguel.

 

Emilio é um ex-gerente bancário com os primeiros sintomas de Alzheimer e Miguel um bom vivant cheio de truques e ainda 100% lúcido que vai acompanhando Emílio na sua integração e na sua vivência no Lar.

 

“Rugas” não é apenas uma história de id

osos às portas da morte. É uma história de vida, uma lição de amizade, um despertar de consciência e uma obra de animação bem desenvolvida, realizada e que nos toca de diversas formas.

 

“Rugas” deveria ser obrigatório ver pelo menos uma vez na vida… Ver e reflectir o valor da nossa Vida e a forma como a vivemos…


(A versão portuguesa conta com as vozes de Rui Mendes e Custódia Gallego)

publicado por Ricardo às 13:12 | link do post
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Há um passagem na letra de “Absolute Beginners” do David Bowie que diz “As long as we're together…The rest can go to hell” que bem se podia aplicar como subtítulo a este filme (traduzido em francês obviamente).

 

Este  “Le Premier jour du reste de ta vie” foi daqueles filmes que fui adiando a sua visualização. Nunca entendi bem porquê e hoje ainda menos consigo entender porque o fiz depois de o ver , já que mal consegui desviar os olhos do ecrã durante a sua duração. Realizado por Rémi Bezançon, este filme entrou definitivamente no meu “top 10”.

 

A narrativa é simples. O período de 12 anos na vida de uma família francesa, focando o “primeiro dia do resto da tua vida” de cada uma das cinco personagens principais: Robert  e Marie-Jeanne Duval (sim… só com um “L”) e os três filhos Albert, Raphaël e Fleur.


Uma ideia bastante simples mas que soube ser desenvolvida de uma forma apaixonante que nos agarra a toda a história do início ao fim. Com pormenores que podiam muito bem fazer parte da nossa vida e não contem de todo com uma versão “hollywoodesca” do sentido da vida.. É um filme real, cru, fabuloso e duro (e com excelente banda sonora). Tudo embrulhado em excelentes interpretações e com momentos que nos arrancam uma lágrima com facilidade.

 

Podem ver o trailer aqui.

publicado por Ricardo às 11:52 | link do post
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Um filme do Tarantino é um filme do Tarantino. O estilo está lá. E tirando aquele devaneio até ao momento inexplicável do “Death Proof” , todos os restantes têm selo de qualidade. No entanto para Tarantino há um desafio que ainda não foi superado: fazer algo melhor que “Pulp Fiction”.

 

Este “Django Unchained” é bom, é Tarantino, tem excelentes actores (Jamie Foxx, Leonardo Di Caprio, Samuel L. Jackson, Christoph Waltz e … Don Johnson), dá um bónus com o “cameo” do Django “original” (Franco Nero) e até à chegada  do filme  a Leonardo di Caprio e a Candie Land existe uma ameaça que poderia estar aqui um rival para Pulp Fiction…e mais uma vez devido à interpretação da estrela de “Inglourious Basterds”: Christoph Waltz.

 

No entanto o filme depois entra em velocidade de cruzeiro e assiste-se ao habitual espectáculo de sangue gratuito e menos humor negro. E talvez seja aí que o filme perde um pouco do seu interesse. É um pouco mais do mesmo já anteriormente visto em Tarantino. Substituam Candie Land pelo Teatro Francês em “Inglorious Basterds” e pronto…

 

Não tenho visto grande atenção dedicada à prestação de Samuel L. Jackson neste filme. Não é o seu melhor “Tarantino” (sim…Pulp Fiction) mas está muito bem.

 

Para os fans de Tarantino é mais uma vez um filme obrigatório. Para quem não é fan… 

publicado por Ricardo às 11:24 | link do post
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Confesso que de todos os títulos que imergiram nas nomeações dos Oscar’s para 2013, este “Argo” era o filme que menos interesse me suscitava.

 

Parecia-me o típico filme a glorificar uma qualquer intervenção americana no Médio Oriente e pouco mais do que isso. Sim, existe essa “glorificação” (e o final à Hollywood) mas existe muito mais do que isso. Existe uma boa interpretação de Ben Affleck, uma excelente realização de… Affleck e momentos deliciosos com o John Goodman e (sobretudo) o Alan Arkin, que fazem uma dupla de produtores de Hollywood com muito humor e estilo sarcástico.

 

Depois a história em si. Um falso filme para retirar uns refugiados americanos de uma Teerão a ferro e fogo. Parece coisa de filme, mas foi real. E isso desperta sempre a minha curiosidade. Talvez por as minhas expectativas serem baixas gostei muito deste “Argo”, mas a verdade é que é mesmo um bom filme, diverte, educa e transporta-nos de forma eficaz para um período da história não muito longe mas muito diferente. As imagens reais que são colocadas aqui e ali durante o filme (e no final) ainda embelezam mais a realização.

 

Muito bom filme. 

 

Ah...e "Argo fuck yourself"

publicado por Ricardo às 11:01 | link do post
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Tinha bastantes espectativas relativamente a este filme. Por ser realizado pela Kathryn Bigelow e por ser um tema interessante e envolto ainda num secretismo ainda mal explicado ao Mundo.

 

Gostei do filme mas no entanto não vi grandes diferenças relativamente aos que abordam temáticas parecidas. No fundo, quem viu "Syriana" (de 2005 com George Clooney) ou Body of Lies (de 2008 com Leonardo di Caprio e Russel Crowe) acaba por "ver" este Zero Dark Thirty. Curiosamente o Mark Strong entra nos 3 filmes...


As constantes "viagens" entre o "terreno" e o "escritório" (seja Washington... seja Langley), as diferentes "cores" na realização, as personagens solitárias (Clooney - Di Caprio e neste caso Jessica Chastain) e a constante "guerra" entre o operacional e o chefe atrás da secretária estão em todos. 


O que nos acrescenta este filme?


A boa interpretação de Jessica Chastain é uma delas. E depois, claro, a forma como Kathryn Bigelow e o argumentista Mark Boal chegaram a esta narrativa e tiveram acesso a dados que permitem "provar" que a captura (e morte) de Bin Laden não foi algo completamente esperado dado as provas da recolha de ADN, mas simplesmente uma "teimosia" de uma funcionária da CIA que teve de lutar pela sua teoria. E não tem medo de mostrar que os Americanos também torturavam (e de que maneira...) os seus prisioneiros...


Duvido que seja este o vencedor de melhor filme do ano nos Oscar's que se avizinham, no entanto não deixa de ser um excelente filme para quem gosta do género...já anteriormente visto.



publicado por Ricardo às 12:04 | link do post
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Ah I see what you mean. Hei-de ver :)
Este filme tem tudo para funcionar...a ver vamos. ...
Hum...pelo menos a maior parte talvez seja mesmo! ...
tão verdade!gostei :)
Fiquei aguçado...
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