So how can anybody say, They know how I feel

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 Não sou especialista em crítica gastronómica, não aspiro a ser e quando busco um conselho geralmente contacto um amigo aqui ao lado, ele sim um verdadeiro guru… Ou então faço como os comuns mortais que não têm o contacto pessoal deste meu amigo e simplesmente uso o que Deus nos deu… o Google.

 

Mas há momentos pelos quais passamos na nossa vida que são memoráveis e a minha visita ao “Bella Ciao” no passado fim de semana é um destes momentos. Numa pequena artéria de Lisboa, perto e ao mesmo tempo longe do bulício do Chiado (e pensem que já há muita gente à procura dos presentes de Natal…) finalmente visitei este espaço do qual já tinha ouvido boas referências e nunca tinha tido oportunidade de visitar.

 

Ultrapassei a porta de entrada e se não tivesse sido recebido por um simpático empregado de mesa genuinamente português diria que estava em Roma… ou Torino….ou Milano…ou Firenze… ou… Bem… acho que entendem a ideia…

 

Nas paredes os jornais italianos, as mesas, as cadeiras, os candeeiros, o menu, os posters, as pinturas nas paredes, tudo nos remete para um pequeno restaurante italiano numa qualquer pequena artéria fora das zonas turísticas de uma cidade italiana. É como se pelos simples entrar de uma porta visitássemos outro país. Na cozinha falava-se italiano. Em algumas mesas também. E na televisão…era a RAI.

 

Andam à procura de pizzas? De Lasagnas? De Canellonis? Esqueçam… Não encontrei nada disso… Pratos simples de pasta (no caso específico o Sedani con Ricotta e Salsiccia & Gnocchi Alla Sorrentina), bem confeccionados, com pasta al dente e muito bem servidos. Preços abaixo dos 10€ e um espaço onde num sábado ao almoço se pode conversar com a pessoa que nos acompanha sem ter de gritar…

 

Um luxo ao qual só faltou uma coisa… Não havia San Pellegrino…


Mais infos aqui

publicado por Ricardo às 11:22 | link do post

Faz amanhã uma semana que tive o prazer de assistir na companhia de alguns dos meus melhores amigos e amigas (isto dos grandes momentos ainda faz mais sentido partilhados com amigos) ao documentário itinerante acerca da vida e carreira de António Sérgio, intitulado “O UIVO”.

 

Zona industrial do Barreiro, uma sala de cinema improvisada, gente de todas as idades e estilos, bastante composta. Parecia um cinema clandestino do antigamente. Impecável. Cenário perfeito para uma “imensa minoria” como era intitulado nos tempos da XFM.

 

O projecto foi elaborado pelo jovem realizador Eduardo Morais (autor já de outros projectos do âmbito musical) e com base num esquema de crowd funding conseguiu elaborar um excelente trabalho (com uns pequenos problemas no som – reconhecidos pelo autor) que consegue perfeitamente transferir para 1h30 o legado de um dos maiores radialistas portugueses.  Nesse ponto está cinto estrelas.

 

No entanto o que me atraiu mais no documentário e na história de vida de António Sérgio foi uma capacidade bastante desvalorizada nos dias que correm, mesmo com o evoluir de uma sociedade portuguesa pós 25 de Abril e a abertura ao mundo (com as suas vantagens e problemas inerentes), de conseguir pensar “fora da caixa”.

 

O que o documentário realmente nos transmite (além de uma indubitável qualidade musical bastante ecléctica) e uma pequena lição de história é que em todos os períodos da nossa história e vivência nos vamos cruzando com personalidades quase anónimas que escolhem não alinhar em “rebanho” e conseguem sair da zona de conforto e explorar o que está mais além E quando essas personalidades o decidem partilhar com o mundo (qualquer que seja o seu tamanho) ainda mais há a louvar.  Inevitavelmente chegará sempre o momento em que os “pastores” do “rebanho” conseguem exercer a sua influência e condenar a personalidade a um exílio quase forçado.

 

Foi basicamente isso que se passou com António Sérgio. 

 

Felizmente, e pelo que vi in loco no documentário e na assistência, muita gente reconheceu o trabalho desta personalidade dos nossos tempos. E mesmo eu, que me recordo pouco do seu grande momento com o “Som da Frente” e me recordo melhor do “Lança Chamas” ou da “Hora do Lobo” agradeço a quem me convidou a assistir a esta 1h30 de histórias, testemunhos, música e cultura.

 

Mais uma lição.

 

Foi um prazer.

 

PS: Mais infos podem consultar aqui.

 

 

 

publicado por Ricardo às 15:52 | link do post

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 Raramente dou importância a questões relacionadas com a Igreja. Respeito a fé das pessoas, respeito o “lado bom” da Igreja, a sua intervenção social, o conforto espiritual que dão a algumas pessoas, o apoio aos excluídos e bem sei que por vezes se não fosse a intervenção da Igreja em Portugal (qualquer que ela seja…não estou a limitar-me à corrente católica dominante) muitas vidas seriam piores. Por outro lado também reconheço que nem tudo é perfeito, que têm alguns podres e que no fundo é constituída por seres humanos como todas as outras organizações.

 

O que perturba nestas noticias de Canelas é todo o folclore que se instala ao redor de uma substituição de um pároco em pelo Portugal do Século XXI e a extrapolação que faço de todo este caso e que em muito representa o país real que muitos de nós por estarmos limitados a grandes polos urbanos por vezes ignoramos.

 

Canelas dista menos de 20kms do Porto. Porventura uns 15 minutos em carro próprio demora uma viagem entre esta paróquia com requintes medievais e uma cidade vibrante e moderna cheia de turistas e de culturas de toda a europa.

 

Em Canelas, os párocos (ou eleitores) não satisfeitos com a substituição do pároco local pela hierarquia da Igreja decidiu fazer ouvir a sua voz de desacordo (que até pode ser legitima) mas não apenas contentes com isso decidiram enxovalhar o novo pároco, que coitado, tem a “infelicidade” de visualmente estar mais próximo com a imagem de Jesus Cristo (um pouco mais gordinho vá…) do que com a imagem que os fieis eleitores / párocos de Canelas pretendem para um sacerdote. E como tal partiram para um auto-de-fé verbal relativamente ao aspecto físico do Padre, numa atitude altamente cristã de reconciliação e amor ao próximo.


interrogo-me em que livro da Biblia, do Novo ou do Antigo Testamento estarão as considerações relativamente ao aspecto de um sacerdote, feito à imagem do Senhor…mas com apenas mais barriguinha.

 

Tudo isto não passaria de um fait-divers se não me fizessem pensar em três coisas que me perturbam. Primeiro a ignorância de um povo e a constante tendência dos poderes vigentes em manterem essa ignorância. Um povo mal informado, um povo mantido nas trevas, um povo ignorante é sempre mais fácil de manipular que um povo educado, culto, preocupado e interessado. Canelas espelha isso. Canelas espelha também o tão português hábito da imagem. É grave o pároco ter cabelo comprido e barba. Não interessa se é bom no desempenho das suas funções eclesiásticas. Importa é o culto da imagem nem que seja um showing off de bons falantes e maus executantes… Temos visto tantos nos nossos telejornais.

 

E finalmente… não imaginam o arrepio na espinha que sinto ao ver uma turba a gritar “Roberto !!! Roberto !!!”…

publicado por Ricardo às 11:56 | link do post


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Se há coisa que me irrita é a incapacidade nacional para efectuar uma fila ordeira. Nem sequer é a incapacidade para a formar (que por vezes existe) mas a capacidade tão inata do Português como gostar de bacalhau: a “chico-espertice”.

 

Mais do que buracos na estrada ou azeite (de ambos os estilos) devemos ser dos maiores produtores de “chicos-espertos” da União Europeia. Todos os dias vejo um a tentar furar uma fila, a passar à frente, a usar a trapaça ou a artimanha para conseguir chegar a um pont

 

 

o primeiro que os demais que ordeiramente respeitam o próximo. Quando por vezes o “chico-esperto” atinge determinado patamar social “desculpam-no” com um simples “é ambicioso”, usando o termo como uma esponja que limpa toda a porcaria que ficou para trás…

 

É a velha máxima de quem vence as guerras é que conta a história…

 

E porquê toda esta irritação que pretendo expurgar hoje?

 

Hoje em Lisboa realiza-se mais uma Greve do Metropolitano, facto per si já altamente desagradável que me obrigou a alterar rotinas (parte menos complicada) e a despender um valor monetário para usufruir de um autocarro da Carris para chegar ao meu destino (local de trabalho), facto que é para mim inqualificável já que tanto o Metropolitano como a Carris pertencem à mesma empresa. Mas como se isso já não chegasse para irritar assisto a isto:

 

Autocarro bastante preenchido de utentes mas não absolutamente cheio. Aproxima-se da zona do Campo das Cebolas onde uma fila enorme de pessoas o aguarda (ora ai está… sabemos fazer filas). Abrem-se as portas para permitir a entrada e saída de passageiros. E o que fazem umas senhoras de meia idade? Entram pela porta traseira (não respeitando a fila) e nesse preciso momento atropelam um passageiro que pretendia sair. Depois dos evidentes empurrões e da atrapalhação o senhor liberta um “Não sabem respeitar uma fila. Não sabem viver em sociedade”. Educadamente tocou no ponto essencial. Recebeu um “A andar” como resposta. A porta fecha-se e o comentário “Devia andar a passear, nós vamos trabalhar !!!” como se o direito ou dever do trabalho suplantasse as regras da boa educação, civismo ou princípios básicos da vida em comunidade. Mudo a página da revista que lia e tenho uma entrevista com o cientista português João Magueijo a propósito do seu livro satírico acerca da sociedade britânica. Passei directamente para a crónica do Ricardo Araújo Pereira…

 

E nem olhei para trás…

publicado por Ricardo às 14:23 | link do post
música: https://www.youtube.com/watch?v=ij5yRxvfnQY
sinto-me: Vergonha Alheia

Cresci a admirar o Reino Unido. Como muitos de nós vivi verões (daqueles à séria) que eram pautados pelas visitas do familiares emigrantes. Os meus não eram em França, na Suiça, na Alemanha ou no Luxemburgo. Vinham de Londres. Estavam por lá estabelecidos e criaram famílias. Não sei se foi este o meu primeiro contacto (provavelmente), mas tenho a certeza que a primeira vez que ouvi a palavra “Chelsea” foi no inicio da década de oitenta. Ainda os Soviéticos eram todos Russos. Depois de um pulo a Badajoz (como todo o bom português remediado) a minha primeira viagem à séria foi a Londres. Verão de 1992. Tinha eu 13 anos e uns valentes meses. O choque foi grande. No bom sentido claro. A paixão por aquele país cresceu e nunca a perdi. Visitei aqueles sítios dos postais e ainda dei um pulo ao velho (e já demolido) Highbury para assistir ao meu primeiro jogo em Inglaterra (e um dos mais espectaculares da minha vida até hoje…). Um Arsenal – Norwich que ficou 2-4  quando a vinte minutos do final estava 2-0 para a equipa da casa, na altura o Campeão inglês. Mal saberia eu que passado uns meses o Benfica iria visitar o Highbury numa das noites europeias mais importantes da nossa história e porventura a mais importante para as bancadas da Luz… Outras guerras…

 

Voltei ao UK sempre que pude, conheci pessoas locais e desenvolvi excelentes amizades. Conheço minimamente bem Londres, um pouco do sul de Inglaterra e visitei a Escócia há uns anos concluindo na altura  que foi o mais bonito país onde tinha estado. Sim. Defini-o como país.

 

Não consigo ter uma posição definida para a próxima Quinta Feira. Por um lado consigo entender os desejos de independência de um País que apesar de muitas semelhanças com Inglaterra também tem muitas diferenças. Nunca vivi (ok…esqueçam lá as coisas da Troika) sob administração de outro País e portanto não consigo entender o sentimento que muitos dos Escoceses estão a viver agora. Mesmo com todo o romantismo envolvido, com os William Wallaces, os Sean Connery’s, os Sir Walter Scott’s, os Robert Burns , os Rod or Jackie Stewart ou o  Andy Murray (que quando ganha é Britânico e quando perde é Escocês) não consigo entender claramente o que será melhor para um povo que aprendi a admirar e uma cultura que cresci a respeitar. De uma forma que ao escrever tudo isto há momentos em que me arrepio…

 

Seja qual o seja o veredicto uma coisa tenho a certeza. No dia 18 à noite logo que possa vou estar colado à TV para ver imagens e a info que me irá chegar no conforto da sala e acompanhado por PG Tips espero não perder uma imagem tão marcante como a que está no inicio do post.. Vi-a quando tinha 4 aninhos na tv na cozinha dos meus avós e nunca mais a esqueci…

 

“But we can still rise now… And be the nation again”

publicado por Ricardo às 16:32 | link do post
sinto-me: Expectante...
música: https://www.youtube.com/watch?v=7vkYiCdn834

publicado por Ricardo às 13:00 | link do post

Não há momento nos últimos dias que não me façam sentir triste e com uma lágrima quase a sair sempre que penso na tragédia que aconteceu em Beja. Um menino, Dinis, foi surpreendentemente atacado pelo animal de estimação que a família do Dinis tinha. Um cão arraçado de Pitbull chamado Zico.

 

Confesso que sempre que vejo as fotos do Zico me sinto triste. Que quando vi o Zico a ser levado pelos técnicos (hoje somos todos técnicos) de Veterinária como se não soubesse ao que ia me apeteceu questionar tudo o que me rodeia e a forma como vivemos. Mas isso também me acontece diariamente, quando ao pé da minha casa passeio o meu cão (que foi abandonado juntamente com os irmãos bebés junto a uma estrada em Aveiro) e passo por um cão que abandonado passa as noites nos pequenos espaços junto às portas para se proteger do frio e recebe a caridade de várias pessoas na zona que lhe deixam comida e água.

 

Confesso também que nesta história toda (ou melhor, nesta tragédia) o facto de nunca ter visto a imagem da criança e de ter sido mais destaque à do Zico me tem influenciado. É para isso que os meios de comunicação servem (esqueçam a teoria da informação… isso é tudo treta) e sou apenas mais uma vitima.

 

Tropecei neste artigo de opinião do Daniel Oliveira no Expresso que muito foi criticado pelos defensores dos Animais mais radicais (nos que não me incluo) e dou-lhe um pouco de razão em algumas coisas, apesar de achar que conclui o seu texto de uma forma nada feliz “a vida do humano mais asqueroso vale mais do que a vida do animal doméstico de que mais gostamos”… Não concordo nem acho de bom senso afirmar uma coisa destas… O Mundo já nos mostrou seres humanos  demasiado asquerosos para valerem mais que a vida de qualquer animal doméstico (ou mesmo selvagem).

 

Posto isto, volto ao Zico. Volto à imagem do Zico triste e na jaula onde o colocarem, sem bem perceber porquê. Se perceber porque uma criança lhe caiu em cima às escuras. Ou se era uma criança. Sem perceber porque lhe cortaram as orelhas, sem perceber porque o deixavam ficar sem comer. Sem perceber porque é que todas as pessoas podem ter um cão e não apenas aquelas que demonstram ter capacidade para o fazer, sem perceber porque é que as mesmas pessoas que cortam as orelhas aos animais e as tratam mal são as mesmas que nos passam à frente no trânsito pelas bermas, que não deixam os idosos se sentarem nas cadeiras dos transportes públicos, que cospem para o chão, que não se encostam à direita nas escadas rolantes, que guardam mesas nos Shopping ‘s e ignoram os outros com os tabuleiros na mão e que têm uma falta de educação essa sim grotesca..

 

Não vejo ninguém a metê-los em jaulas ou a condená-los à morte…

 

Não sei o que irá acontecer ao Zico. Sei o que gostava que lhe acontecesse. Sei que gostava que fosse recolhido por uma associação animal qualquer, que demonstrasse que não era perigoso, que fosse adoptado por uma família que soubesse cuidar dele e que passasse o resto dos seus dias a brincar com crianças e adultos  e a ser mimado todos os dias…

 

Eu desde que assisti a tudo isto a primeira coisa que faço quando chego a casa é dar um forte abraço ao meu “zico” e dizer-lhe ao ouvido “não sabes a sorte que tens”…ele devolve-me isso com uma lambidela e uma correria até à trela…está na hora de irmos passear novamente…

publicado por Ricardo às 12:20 | link do post

 

É sabido que Portugal (e a Europa) atravessam uma crise profunda e que o impacto na vida das pessoas se faz notar todos os dias. Tenho bastantes amigos que estão sem trabalho e vejo todos os dias situações que me deprimem ainda mais. E o Inverno ainda não chegou...

 

Como cidadão consciente das minhas responsabilidades (e abençoado por ter para já saúde e trabalho), deixo aqui o meu contributo para um Portugal melhor:

 

- Sobretaxa Especial aos atrasados que ouvem música aos berros nos telemóveis.

 

- Sobretaxa Especial aos atrasados que deixam os carrinhos de supermercado ao deus dará no meio dos parqueamentos.

 

- Sobretaxa Especial aos atrasados que curtem "Os maridos das Outras" e o "Anda comigo ver os aviões".

 

- Sobretaxa Especial aos atrasados que deixam lixo na praia (ou no chão...).

 

- Sobretaxa Especial aos atrasados que se farpam nos elevadores. 

 

- Sobretaxa Especial aos atrasados que fumam com crianças ao lado.

 

- Sobretaxa Especial aos atrasados que se metem à esperto nas filas de trânsito.

 

- Sobretaxa Especial aos atrasados que não se encostam à direita nas escadas rolantes.

 

- Sobretaxa Especial aos atrasados a quem seguras a porta e nunca dizem Obrigado/a

 

- Sobretaxa Especial aos atrasados que compram placebos estilo a Pulseira Power Balance.

 

- Sobretaxa Especial aos atrasados que estacionam em lugares de pessoas com mobilidade reduzida.

 

- Sobretaxa Especial aos atrasados que cospem para o chão.

 

- Sobretaxa Especial aos atrasados que não desligam o telemóvel no cinema.

 

- Sobretaxa Especial aos atrasados que provocam a existência de programas como a "Casa dos Segredos".

 

- Sobretaxa Especial aos atrasados que não param nas passadeiras.

 

 e finalmente,

 

- Sobretaxa Especial aos atrasados que dizem que isto está muito mau mas quando chegam ao trabalho às 9h, ficam no café até às 10h... 

 

Obrigado

publicado por Ricardo às 11:51 | link do post

Ando de transportes públicos desde que trabalho em Lisboa. Já andei de comboio, barco, Metro, novamente barco, novamente comboio. Sempre Metro.Por vezes o autocarro da Carris (que tento evitar pois costumam estar super cheios e com odores pouco recomendáveis mesmo pela manhã).

É um estilo de vida. Por vezes porque é mais prático / rápido que o carro. Por todas as vezes porque é mais barato. A vida não está para luxos... "The Winter is Coming"...

Não sei se é de mim. Se é algo que tenho e estou a extravasar a toda a população metropolitana da capital. Injustamente talvez. Vejo uma Lisboa mais triste. Mesmo abençoada pela fantástica Luz que os primeiros dias do ano nos trouxeram, Lisboa está triste. Não vejo sorrisos. Vejo gente cansada. Carruagens cheias e enfadonhas. Não vejo sorrisos. E vejo cada vez mais pequenos sacos térmicos. Daqueles que nos dão nas promoções dos iogurtes e coisas do estilo. "The Winter is Coming"...

Sou um crítico por excelência do modo como vivemos. Do modo como valorizamos coisas acessórias e desvalorizamos as mais importantes. Sou um crítico mas sei que faço o mesmo. Também gosto dos meus luxos. Gosto das minhas viagens e de ir ao cinema. E de vez em quando (agora cada vez mais "quando" que "vez" de um trapito novo para o guarda roupa). Mas sinto-me mais triste...Estou a deixar me contagiar...

Vejo mais tristeza na rua. Vejo mais pessoas com ar abatido e remediado. Pessoas que se irritam mais facilmente. Discussões mais frugais.
De quem nos lidera, nem uma palavra de conforto, nem uma luz, nem uma palavra de esperança. As notícias são apenas más, menos más ou péssimas.

Não sei o que vem ai em 2012... Mas o que sinto... Não é bom..."The Winter is Coming"...

publicado por Ricardo às 16:10 | link do post

... bom ano 2012 a todos

publicado por Ricardo às 12:53 | link do post
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